terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A vontade de um Viver.

Teu sorriso me faz viver, e não sinto mais essa vontade. Será que tu estás sorrindo menos? Será que não estás precisando fazer-me viver?


Às vezes sinto uma vontade sem entender, sem querer sentir. Algo esmagando-me diante fatos passados.
Já não sei o que posso pensar, não sei o que posso fazer para sentir aquela maldita vontade mais uma vez.
Vontade que não volta mais. Pelo menos, não desde teu ultimo sorriso.
Aquele sorriso encantador, que enchia meu coração de alegria, e meus pulmões com a essência d’um mar de rosas, mas que por ora se secaram e apenas sobraram os espinhos cortando os meus pulsos.
Como dói não ver-te sorrir.
Como dói não poder fazer-te sorrir daqui onde eu estou.
Preso como um peixe n’um aquário , e tu manténs sua tristeza do outro lado, me neutralizando, sendo incapaz de ajudar-te, diante o que mais me destrói.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Confusa.

Eu tenho essa dúvida de seguir ou não em frente, com despedidas ou não despedidas. E eu tentei me justificar, dar razão as minhas ações e estou meio perdida em meio a essa bagunça que se tornou minha vida. Não sei o que sentir, nem o que dizer. Não sei quais perguntas fazer ou o que esperar de quem eu amo. Fiz escolhas bruscas, deixei pessoas maravilhosas e agora estou entre o sentir e o viver. E o pior é que dói e eu sei que adoro todo esse drama em que entrei e que me consumiu por completo. Eu quero me sentir assim, por isso escolhi, mas também seria bom me sentir bem, sem todas essas dores e esse vazio que ficou aqui em meu peito, que só aumenta, aumenta e aumenta. Não tenho mais aquela vontade de chorar ou de sorrir, acho que estou entrando num momento neutro. Só respiro, só olho e me lembro do que passei. E continua doendo, mas sei que não vai doer mais, amor. Não vai doer e não vou sentir e quem sabe, também não vou mais me lembrar. Vai restar aquele vazio. Negro, profundo e gelado. Gelado como aquele vento que nos soprou aquela noite, em que a nossa história era mais que uma despedida ou revelações improváveis. Em que eu podia sorrir e te pegar a mão e te chamar de amigo. Ou amor, ou de quem me preenchia depois de tanto tempo.

"Tenho estado sem Estado."

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O som.

É tão estranho a forma que o vento vem,
corta os campos,
corta a solidão,
soprando o próprio som.

Qualquer som da natureza traz-me algo sem explicação.
Talvez pelo simples fato de tudo que se ausenta em minha vida,
me deixa preso ao chão.
Como se eu fosse uma grande árvore rodeada pelo deserto,
angustiando-me pela solidão vivida todos os dias.
Às vezes alguns pássaros aparecem,
os mais cantantes e belos,
os quais amenizam essa dor solitária.
mas pelo incrível ato de voar,
desaparecem no horizonte,
sem volta.
Sem remorso por aqui deixar-me mais uma vez sozinho,
sentindo essa dor.